Louis Gaston Adrien de Ségur, sacerdote e escritor francês, nascido e falecido em Paris (15/04/1820 – 9/06/1881). Descendente de uma família nobre, era filho do marquês Eugène de Ségur e da célebre condessa de Ségur, conhecida escritora de livros infantis. Zeloso nos estudos, logo que se formou em Direito foi enviado como adido à Embaixada Francesa em Roma, junto à Santa Sé. Ao retornar a Paris, ingressou no Seminário de Santo Sulpício, sendo ordenado sacerdote em dezembro de 1847. Dedicou-se principalmente à evangelização das crianças e dos pobres, assim como dos soldados prisioneiros de guerra. Foi muito estimado pelo Papa Pio IX, por muitas autoridades eclesiásticas e diplomáticas, e até mesmo por Napoleão III.
Em 1856, Mons. de Ségur teve um grave problema na visão que o levou à cegueira e o obrigou a renunciar às suas funções. Chegou a ser nomeado bispo, mas não recebeu a ordenação episcopal, impedido por sua condição. Com a cegueira, passou a ditar livros explicando - e defendendo com fervor - a doutrina católica em linguagem popular. Escreveu mais de 70 livros, e até o momento de sua morte, em 1881, suas obras somavam mais de 700 mil cópias vendidas apenas na França e na Bélgica, sem contar as edições em italiano, espanhol, alemão, inglês e até mesmo na língua hindu.
O livro A escola sem Deus foi escrito em 1872. Nessa obra, Mons. de Ségur fala da importância da educação católica, defendendo que o ensino deve ser cristão, e não laico. Ou seja, as escolas, principalmente no nível de instrução básica, necessariamente precisam ser católicas, considerando que, entre outros fatores, as crianças passam grande parte de suas vidas dentro das escolas, e assim os professores teriam que auxiliar os pais e os sacerdotes na formação cristã das crianças. Entre outras coisas, diz Mons. de Ségur: “... Na prática, não tratar da religião na escola é tornar impossível a instrução religiosa das crianças!”